Sobre o Projeto
Para aqueles que viveram épocas diferentes da atual ou tiveram experiências em ambientes culturais mais sofisticados, não seria de estranhar perguntarem-se:
em que ponto nos desviamos?
É claro que mazelas sempre afligiram o mundo em todos os tempos, como as guerras e as doenças e, apesar de tais obstáculos parecerem intransponíveis à primeira vista, os seres humanos sempre conseguiram superá-los. No entanto, a sensação é de que, a cada dia, as pessoas cada vez mais se perdem em seus próprios conflitos, distanciando-se mais umas das outras. E, na busca por uma saída, mas sem ter noção de que direção tomar, terminam em situação ainda mais degradada que a anterior. Não à toa, dados do Ministério da Saúde de 2022, em pesquisa realizada nas 26 capitais brasileiras e no Distrito Federal, apontam que em torno de 10% da população brasileira é afetada pela depressão. Em números absolutos, isso representa cerca de 21 milhões de pessoas, o dobro da população de Portugal! E como se não bastasse tal constatação, as taxas de suicídio aumentaram em 43% entre 2010 e 2019.
Esses são panoramas preocupantes que se refletem em diversos aspectos da condição humana, como a intolerância às adversidades, desavenças pessoais por razões fúteis, mas com consequências extremas, e perda do sentido de vida.
O que fazer? Como trilhar o caminho da verdadeira felicidade?
A felicidade genuína possui diferentes visões para cada pessoa, já que todos nós possuímos características únicas. Nenhum ser humano é igual ao outro. Por isso, o primeiro passo a ser dado para encontrar esse estado reside no autoconhecimento. Sem nos conhecermos, estamos fadados às imposições de ideias que nos são colocadas e terminamos nos sufocando por não desenvolvermos o papel que viemos exercer nesse mundo.
Para isso, o Projeto Legatum foi constituído sobre duas bases conceituais:
A Caverna de Platão
Também conhecida como a “Alegoria da Caverna”, trata-se de um trecho da obra “A República”, do filósofo grego Platão. Nela, ele narra um diálogo entre seu primo Gláucon e o filósofo grego Sócrates, considerado o “Pai da Filosofia”.
Nesse diálogo, Sócrates descreve uma caverna subterrânea, com apenas uma entrada. Nessa caverna há algumas pessoas que estão lá desde seu nascimento, geração após geração, voltadas para uma parede – o fundo da caverna – e que vivem presas por grilhões, limitando os movimentos do corpo e da cabeça.
Atrás dessas pessoas há um muro e, depois desse muro e paralela a ele, uma passagem onde transitam outras pessoas carregando objetos. Ainda por trás dessa passagem, há uma grande fogueira que gera sombras dos objetos carregados na parede para onde as pessoas presas estão voltadas, criando diversas formas de imagem.
Como o muro impede que aqueles que transitam sejam percebidos, essas imagens são tudo o que as pessoas presas veem e, limitadas a elas desde que nasceram, é o que elas acreditam ser realidade.
Porém, um dos prisioneiros consegue se libertar e caminha em direção à saída da caverna. Conforme se aproxima dela, a luz do sol incomoda seus olhos, que estão, há muito tempo, adaptados à escuridão. Ele pensa em voltar para o conforto da situação em que se encontrava, mas persiste em seu intento e continua em seu rumo.
Após algum tempo, a visão paulatinamente se adapta e ele encontra a saída da caverna. Agora, com mais nitidez, consegue entender e distinguir o cenário onde se encontrava e descobre que existe um outro mundo além daquele que vivia.
Créditos: https://i.ytimg.com/vi/BdOaTG6TVf0/maxresdefault.jpg
A “Caverna de Platão” nunca esteve tão viva nos dias de hoje. A imensa maioria de nós, em maior ou menor grau, vive não por seus próprios pensamentos, mas dentro da ignorância que, por muito tempo, tem nos aprisionado, sem sequer sabermos que nos encontramos em tal condição.
Não há vergonha em sermos ignorantes, pois isto significa apenas que não sabemos de algo. No entanto, para aqueles que objetivam alcançar suas maiores potencialidades, esse é um estado que precisa ser reconhecido para, então, caminharmos na direção da plenitude.
Mas “abandonar a caverna” é apenas o primeiro passo. A partir daí precisamos tomar um rumo orientado pelas melhores práticas já consagradas pela história humana para que possamos trilhar na estrada da felicidade. Nesse ponto é que precisamos de uma referência para expandirmos nossa consciência.
A Hierarquia das Necessidades Humanas
Também conhecida com “Pirâmide de Maslow“, a teoria desenvolvida na década de 1940 pelo psicólogo humanista Abraham Maslow estabelece uma hierarquia das necessidades humanas que se inicia com o atendimento às necessidades fisiológicas, seguidas pelas de segurança, pertencimento, estima e autorrealização.
Apesar das críticas e variações que recebeu ao longo do tempo, a Pirâmide de Maslow continua sendo uma importante referência em diversas áreas do desenvolvimento humano e se aplica perfeitamente aos objetivos desse trabalho.
Quais temas serão abordados?
Com base nessas duas bases que se consolidaram através do tempo, imaginou-se um conjunto de temas considerados de fundamental importância para o desenvolvimento humano e que possibilitarão o indivíduo a iniciar sua jornada no sentido da prosperidade individual e coletiva.
Para isso, serão abordados assuntos como:
- Neurociência;
- Autoconhecimento;
- Autorresponsabilidade;
- Teoria dos Hábitos;
- Educação dos Sentimentos;
- Educação Financeira;
- Programação Neurolinguística (PNL);
- Inteligência Emocional;
- Negociação;
- Gestão Pessoal;
- Empreendedorismo;
- Propósito de Vida; entre outros.
Muito mais será explorado com o decorrer do tempo, a fim de atender necessidades de desenvolvimento pontuais e outras que sejam observadas e aprendidas.
Por que "Legatum"?
A palavra “legatum” tem origem no latim e significa “legado” em português. O termo foi escolhido pelo entendimento de que o propósito maior da cada um de nós é deixar seu legado para as gerações posteriores, assim como nossos ancestrais deixaram para nós.
Assim, podemos dizer que o propósito do Projeto Legatum é:
Tornar cada ser humano pleno no desenvolvimento de suas capacidades com o intuito de criar um mundo cada vez melhor para nós e para as gerações futuras.
O mais importante a ser ressaltado é que o caminho para a felicidade passa, necessariamente, pelo aprimoramento individual de todos nós. Por isso que representamos esse trabalho com a escultura conhecida como Self Made Man (o homem feito por si próprio), onde o maior trabalho está em esculpirmos a nós mesmos. A excelência coletiva passa, em primeiro lugar, pela excelência pessoal. E, para isso, devemos assumir a responsabilidade pela direção de nossas vidas.
Assim, seja bem-vindo a essa jornada. Desejamos que todos possam ser bem-sucedidos em alcançar os propósitos de suas vidas.